Como provar um vinho


Para provar devidamente um vinho deve utilizar-se um copo de vidro fino e incolor, de pé alto, pelo qual se deve segurar, e de corpo longo, com boca mais estreita, para que os aromas possam ser devidamente apreciados.  

O vinho deve servir-se à temperatura recomendada na indicação do contra-rótulo da garrafa, ou, se aquela for inexistente, entre os 16º e os 18º, se for um tinto e entre os 9º e os 12º, no caso de um branco.

A prova é uma análise baseada em dados sensoriais, pelo que, uma vez servido o vinho, todos os sentidos devem ser convocados para que a prova se possa realizar o mais completamente possível.  

A prova deve constar de várias fases, pela seguinte ordem:  

· Fase Visual - Nesta 1ª fase deve examinar-se a cor do vinho, a sua limpidez, brilho e intensidade. No caso de um vinho espumante, deve notar-se, também, o tamanho das bolhas e a persistência do seu cordão, após o desaparecimento da espuma inicial.  
· Fase Olfactiva - Inicia-se quando se cheira o copo e acaba por via retronasal, quando o vinho já está no paladar. Nesta fase, podem detectar-se logo alguns defeitos do vinho (rolha, mofo, vinagre, etc.), ou descobrir a sua complexidade aromática. O leque de aromas é vastíssimo e a sua descoberta dependerá sempre da memória olfactiva de quem prova e do seu treino. Porém, no caso de muitos dos vinhos do Alentejo, são facilmente perceptíveis os aromas a fruta madura, frutos silvestres ou madeira nova, no caso dos tintos e os aromas a frutas tropicais, frutos secos e minerais, nos vinhos brancos.  

· Fase Gustativa - Corresponde à fase de degustação do vinho na boca, desde a primeira impressão que este causa ao beber-se (o ataque) até à apreciação do seu conjunto dos sabores (ácido, amargo, salgado, doce), do corpo, da textura e de outras características do produto.

· Fase Final - Após ser engolido (ou cuspido) o vinho deve deixar um conjunto de sensações, devendo apreciar-se a sua persistência, os sabores, os aromas retronasais e o final de boca.

Da apreciação resultante do conjunto destas quatro fases, pode concluir-se a maior ou menor originalidade de um vinho, o seu equilíbrio, harmonia, tipicidade, etc.